UA-142702713-1 Desmontando a árvore de Natal
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  • Foto do escritorMOPS Brasil Blog

Desmontando a árvore de Natal


Quando meu filho me viu colocar abaixo todos os galhos do maior símbolo de Natal em nossa casa, seu olhar desapontado me fez pensar sobre o que tinha a oferecer para que a luz daqueles dias de fim de ano fosse perpétua e não apenas uma magia temporária de um feriado.


Nos primeiros dias de Janeiro, nos deparamos com o fim da viagem de férias, o fim da expectativa dos presentes, o fim das luzes piscantes de Natal e o fim certo de todos os enfeites natalinos: uma caixa esquecida embaixo da escada.


Antes de começar os trabalhos de desmontagem, comuniquei os meus filhos de que havia chegado a hora de guardarmos tudo. Eles não se opuseram, mas o meu primogênito manifestou frustração.

“Por que não podemos ter tudo isso o ano inteiro?”, me perguntou.


Respirei fundo, me sentei no chão e o chamei para sentar comigo. Orei em pensamento e pedi as palavras certas. Então, me veio à lembrança todos os momentos ao redor da nossa árvore em que seguimos os passos do advento, em que brincamos com os bonecos dos personagens do presépio, em que os usamos para ilustrar a história do Natal, em que oramos e meditamos, ao modo mais infantil possível, em quem Jesus é e o que Ele representa para nós.


Aquela conversa não parecia tão importante ou decisiva para o meu pequeno, mas me fez parar e refletir. Talvez o fosse para mim. Não poderia deixar que a animação de meu filho, que geralmente demonstra uma fácil tendência ao melodrama, dependesse de eventos passageiros.

Ao desmontar a árvore de Natal com meus filhos, senti a responsabilidade de mostrar a ele que a nossa alegria não está ligada a datas ou festas, mas, sim, a Jesus. Ele é perpétuo, o Deus eterno.

Me lembrei do primeiro dia em que inauguramos a nossa árvore e lhe disse: “Lembra-se de quando acendemos as luzes de Natal? Ao colocar o fio na tomada ressaltei que nós somos como aquelas pequenas lâmpadas. Só estaremos acesos se nosso fio estiver conectado à energia. E a nossa energia é Jesus. Ele é a luz do mundo, e brilharemos tão somente se estivermos Nele e Ele em nós”.

Meu filhote, como esperado, se levantou já distraído e interessado na irmã que passou correndo ao nosso lado com seus brinquedos na mão. O foco mudou. Em momentos como esse, oro em pensamento para que Deus leve essas pequenas porções de sua Palavra a encontrar terra boa no coração de meus filhos porque nunca se sabe o quanto eles realmente absorvem de nossas conversas. Mas, o que mais me intrigou foi o sentimento que ficou de que eu preciso manter essa chama do Natal acesa, essa luz brilhando forte.

Nós também somos a luz do mundo. Foi o que Jesus disse no sermão do monte, em Mateus 5:14. Mas o versículo 16 falou profundamente ao meu coração.

“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”.


Este texto tão conhecido me caiu com um novo significado. Tão forte e revelador para a minha condição de mãe.


Eu preciso brilhar a luz de Jesus, não somente no Natal, mas todos os dias, para que meu filho e, claro, todos os demais ao meu redor, possam glorificar ao meu Pai.

Que Deus maravilhoso! Em minha oração, acreditei profundamente que Ele me ajudará a viver mais essa verdade que redescobri em sua Palavra.

Finalmente, cada galho da árvore, enfeite, lâmpada e personagem do presépio estavam em suas respectivas caixas bem guardadas. Com um suspiro de trabalho realizado com sucesso, me animei no Senhor com a fé de que sempre serei ouvida em minhas breves orações em pensamento movidas pela maternidade.


Nos altos e baixos de um ano inteiro, sei que Deus me dará os caminhos de como manter a luz de Jesus acesa em mim e refletida em meus filhos.

Jaqueline Mendes Cilo


Jaqueline Mendes Cilo é casada e mãe de dois filhos. É jornalista, gosta de uma boa conversa e de uma boa risada. Mas, sobretudo, ama a Palavra de Deus e tem se redescoberto nela.

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