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Eu, Deus e uma garota falante

Atualizado: 8 de mai. de 2019


Sou mãe de uma garota fofa de sete anos. Confesso que a minha vida tem se tornado bem mais tranquila, parece inacreditável que um dia eu diria isso. Afirmar que a minha vida está mais tranquila não quer dizer que está mais fácil, as dificuldades com o passar do tempo mudam e, parece que vamos nos graduando, com mais facilidade. Tenho uma filha que fala bastante, acho que a maioria das mães que tem meninas sabe o que é isso. Além de gostar de falar, Isabela gosta de “retrucar”, aquele “bate-rebate”, que parece de adolescente. Algumas vezes me peguei pensando que isso era para mim, como se ela estivesse me desafiando e quando comecei a olhar sob essa ótica, não houve paz em meu coração. Era como se Deus falasse que eu não deveria olhar para minha filha como se ela fosse uma pequena opositora dos meus pedidos, ou mesmo “uma pequena adversária”.


Deus colocou em meu coração que, a sabedoria de explicar o “porquê” de algumas situações, deveria partir de mim e não da minha filha. Ela com seu jeito peculiar, com o tempo iria assimilando o que eu falava e, colocaria em prática no momento certo.

Algumas vezes, precisei afirmar com uma certa firmeza que nossa conversa estava encerrada, outras vezes, deixei que ela colocasse para fora suas ideias em relação ao assunto, ou o porquê da sua aceitação ou não, daquela questão. Contudo, com o passar do tempo e através da sabedoria que vem do Alto, em nenhum momento vi, mesmo quando ela me questionava, que a minha maternidade estava ameaçada pelas suas indagações.


Comecei a perceber que, quando eu dava espaço para ela me questionar algumas vezes, eu abria espaço para uma pequena menina com uma opinião muito coerente e que, no futuro, poderia questionar, quando algo fora da sua esfera emocional, física e espiritual, acontecesse, se isso não condissesse com o que ela havia aprendido quando pequena. Algumas vezes fugimos de situações assim, por falta de tempo, cansaço, ou mesmo não conseguir ser firme ao encerrar o assunto. Porém, Deus, em sua infinita misericórdia, tem nos dado ferramentas, como a Bíblia, livros educacionais e pessoas com mais experiência que a nossa, para nos auxiliar nessas horas. Sem falar aquela sabedoria, que só Deus mesmo pode nos proporcionar, em relação aos nossos filhos. Muitas vezes, achamos que isso é perder tempo, eu diria que é ganhar futuramente. Ganhamos na experiência, da paciência ao explicar para ela o sim e o não. Ganhamos na perseverança, quando o mesmo assunto vem a tona e, precisamos começar tudo de novo. E ganhamos na alegria, de muitas vezes vê-los colocando em prática, ações que antes eles tinham dificuldade em entender, porque nós queríamos que eles fizessem. Aprendi com isso, a respeitar o ritmo dela, a ótica que ela tinha naquele momento, que possivelmente, poderia estar mais “madura” após alguns meses. Ganhei uma debatedora de opiniões que, muitas vezes, arranca de mim muitas risadas. Ganhei paz no meu coração e com isso também amadureci minha tão calejada maternidade, que sabemos, não é fácil. Percebi, com o tempo, o respeito que veio por parte dela, ao entender que, por enquanto em sua vida, para o seu bem, ainda vamos ser detentores da última palavra, mas que não é por isso que somos perfeitos, somos somente seus pais, que a amam e querem o melhor para ela. Quando eu parei de olhar sob a minha ótica terrena, entendi que a minha filha toda inquisidora, era para mim, motivo de aprendizado, de um chamado que jamais acabará e de uma maternidade sendo vivida, sob à ótica de Deus.

Denise Corrêa



Denise Corrêa é formada em administração, esposa e mãe de uma menina de sete anos. Ama sua casa cheia de sons e barulho. Cardiopata de nascença, possui o coração do lado direito com órgãos invertidos (Dextrocardia e Situs Totalis Inversus). Portadora de válvula mecânica, sua gravidez foi um verdadeiro milagre.

Ama escrever, refletir e pensar na bondade de Deus em nossas vidas; quando não está desenhando princesas, fazendo florzinhas em massinhas ou fazendo o bolo preferido de sua filha, junto com ela. Líder de Devocional e Oração do MOPS da Igreja Batista do Bacheri e também de um Pequeno Grupo. Curitiba/PR Brasil.

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