UA-142702713-1 Ninho Vazio
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Ninho Vazio



Há 40 anos, conheci o amor da minha vida. Começamos a namorar e em três anos, nos casamos. Tive a alegria de me tornar mãe da nossa primeira menina, Larissa. Alguns meses mais tarde, sofri um aborto, e após esse momento delicado, veio outra menininha, Thaíssa, um segundo aborto e a mudança de país. Seis anos se passaram e chegou o nosso menininho, Zezinho.


Mudei de casa algumas vezes após o casamento. De Campinas para São Paulo, Santos, Rio de Janeiro e Japão, onde moramos por oito anos. No período em que estivemos no país do sol nascente, alfabetizei as meninas em português em casa, já que elas estudavam em uma escola japonesa.


Durante o meu tempo no Japão, além da família, me ocupei muito com outras famílias brasileiras que chegavam no mesmo time onde meu marido era jogador de futebol, oferecendo ajuda na adaptação e uma casa brasileira onde podíamos matar a saudade.


Quando voltamos ao Brasil, escolhemos Vinhedo, interior de São Paulo, para morar. Chegamos com duas adolescentes e um garotinho de três anos. Precisei ajudá-las na adaptação à escola e ao currículo brasileiro, uma vez que elas nunca haviam estudado no Brasil.


Sempre fui mãe em período integral, casada com um jogador de futebol e, depois, treinador. Sempre fui muito envolvida com as atividades da igreja, mas, de volta ao Brasil, esse entusiasmo só aumentou, pois aqui podia falar sobre o que eu acreditava na minha língua e na minha cultura. Quando moramos um tempo “fora de casa” aprendemos a valorizar o que não valorizamos quando estamos "em casa".


Os filhos cresceram, o caçula foi estudar fora, as meninas se formaram e se casaram. O mais novo também se formou. Nesse tempo em que o ninho foi ficando vazio, me envolvi muito com grupos de mulheres da igreja que frequentamos, grupos de estudo bíblico, trabalho voluntário na Arca (Associação de Responsabilidade Cristã e Assistencial para crianças), e, de repente, conheci o MOPS.


Fui chamada para falar sobre minha experiência de mãe em uma reunião do MOPS e me encantei com a ideia de falar com jovens mães, descobrindo a maternidade, em um encontro onde elas pudessem levar seus filhos pequenos, compartilhar suas expectativas, vitórias, medos, conquistas e receber uma palavra de ânimo e conforto daquEle que nos conhece como ninguém: Jesus.


Amei a oportunidade de abrir a minha casa para recebê-las como casa de mãe, onde elas se sentissem amadas e bem vindas! Que experiência gostosa tenho vivido nestes últimos três anos, quando abracei o papel de mentora do MOPS.


Quantas recordações e experiências tenho dividido e quanta gratidão tem brotado no meu coração por me lembrar de todo o cuidado de Deus comigo nestes 35 anos de maternidade. Quanta realização tenho sentido em ver o meu tempo sendo usado para abençoar mulheres, mãezinhas e crianças (também sou professora para as crianças de quatro anos, na igreja que eu frequento).

A casa grande, um dia, foi se esvaziando, mas, ao mesmo tempo, foi se enchendo, e o meu relacionamento com o meu marido, como casal, foi ficando mais e mais gostoso com o passar dos anos.

Hoje, aguardamos, na maior alegria, a chegada de dois netinhos! As duas filhas grávidas devem nos trazer uma menininha em junho e um menininho em novembro! Que alegria viver essa expectativa!


Olho para a história que Deus tem escrito na minha vida e sou muito agradecida a Ele por, nestes últimos anos, ter ouvido e falado tanto sobre maternidade, educação de filhos e lutas enfrentadas como casal e como mãe. Hoje, me sinto mais preparada para enfrentar os desafios de ser avó!


Se soubermos encarar as prioridades e as fases da vida com sabedoria, tendo Deus em primeiro lugar, seguido do cônjuge, filhos, trabalho e todas as outras áreas, seremos capazes de cumprir nosso papel na sociedade, papel que é único, pois o nosso criador nos fez únicas com a missão de levarmos outros a conhecê-lo, ainda que através das nossas lutas e também de nossas conquistas!


Ninho vazio? Nem percebi! Parece que vai começar a se encher de novo...


Luciane Presti



Luciane Presti é uma esposa apaixonada, uma mãe dedicada e uma mulher que ama servir e ajudar o próximo. Além de servir com sua casa, serve como mentora do MOPS, serve na sua igreja local IBAVIVA e no projeto social ARCA (@arcavinhedo)


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