Que responsabilidade escrever algo para mães, no dia das mães. Sentada agora, pensando por onde eu deveria começar, confesso que meu coração até bate mais forte e minha cabeça começa a viajar, por onde eu começo? O que eu sei sobre maternidade para compartilhar? Até ouvir a voz, sabe aquela voz que todas nós temos e que fala ao nosso coração nos momentos de desespero? "Carol, estou contigo, deixe-me usa-la!" então fecho meus olhos, respiro fundo, acalmo o coração e volto a essa página em branco, cheia de amor e pronta para ser usada!
Já estou no meu oitavo dia das mães, parece pouco tempo de vivência como mãe. Tenho certeza, que lendo agora este texto, tem mães muito mais experientes nessa função do que eu, mas posso dizer que, foram oito anos intensos, cheios de muito choro, muitas dúvidas, muitas angústias, muito descontrole, muito de muito que não gosto nem de falar ou lembrar. Todos esses "muitos" foram motivos fortes que me levaram a pensar por sete anos se deveria ter outro bebê, será que iria viver esses "muitos" em dobro?
Meu ser racional e controlador dizia "não tenha outro bebê". Mas só aqui Deus já me ensinou algo tremendo: maternidade não é algo que a gente controla ou racionaliza! Maternidade é o nosso aprendizado mais intenso da vida, pelo simples fato de que maternidade é vivida!
Quando penso em maternidade, logo penso em Maria. Já compartilhei aqui no Blog sobre como deveria ter sido para Maria, o momento de descobrir que estava grávida. Agora vamos um pouco mais adiante. Será que a gente conseguiria pensar em Maria tendo esses "muitos" com seu filho Jesus? Eu não consigo pensar. Mas ela deve ter tido sim momentos de "muito" com Ele, pois ela era como nós, cheia de pecado e vulnerável a tudo o que a sociedade coloca, toda a responsabilidade que nos cobramos em ser e ter só pelo fato de sermos mães.
Querida mãe, hoje é seu dia, é o nosso dia e talvez nessa série de "História de Mães" você estava esperando que o texto neste dia que fosse repleto de palavras positivas e motivadoras, talvez não foi isso que leu até aqui, mas essa é a minha história e como mãe, imagino que existam muitas outras mulheres aqui que também conseguiriam fazer uma lista enorme dos "muitos" que sondam seus corações e suas mentes!
Mas estejam certas que o nosso Deus, quem nos criou e nos fez filhas, nos quer assim, como estamos. Não precisamos ser perfeitas para nos achegar ao Pai. E aqui vem a minha segunda lição nessa minha curta jornada como mãe:
Deus me fez filha no momento em que aceitei Ele em meu coração, fato! Mas a maternidade não só me ensina a ser mãe, ela me ensina a ser filha também.
Você já pensou por este ângulo?
Nos cobramos tanto que devemos ser a mãe perfeita para nós e para os outros, mas depois de sete anos eu entendi que para ser uma ótima mãe eu preciso ser uma ótima filha. Porque uma coisa está inteiramente ligada a outra. É a ideia de João 15, permanecer na Videira Verdadeira e assim daremos bons frutos. Não tinha como eu tirar de mim o fardo e a cobrança de todos aqueles sentimentos pesados dos "muitos", pensamentos que eu carregava por esses anos todos de maternidade, se eu não entendesse como eu deveria ser como filha de um bom Pai.
Foi assim, permanecendo na Videira, que eu tirei os "muitos" da minha razão e abri espaço para o Deus que flui em mim. Um novo broto no meu ramo, SIM, depois de sete anos a Sofia nasceu para trazer mais cor para nossa família e principalmente para me mostrar que eu precisava estar pronta novamente para começar uma nova jornada na maternidade!
Que neste dia das mães, você não só celebre seus filhos e sua família, mas celebre também o simples fato de você ser filha. Filha de um Deus criador que te ama muito! Seja uma ótima filha para ser uma ótima mãe!
Feliz dia das mães!
Carolina Fedoruk
Carolina Fedoruk é casada com Yuri, mãe da Luisa e Sofia. Mora em São Paulo, SP. Administradora de formação e cheia de energia para estruturas e planejamentos organizacionais, hoje além da maternidade é voluntária responsável por representar o MOPS em todos os paises que falam português.